terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Notícias


NOTICIA 1
Congresso internacional aborda sinalização celular, imunologia e infecção
A Fiocruz participa da organização do evento em parceria com a USP, o Inca e a Sociedade Brasileira de Imunologia
A sinalização celular é um processo fundamental para a biologia celular, responsável por transmitir a informação do ambiente extracelular para o interior da célula, possibilitando a comunicação com o ambiente externo. Este processo é importante para organismos multicelulares e tem papel fundamental no sistema imunológico. O evento Signaling 2010 - Signaling in cell death, cancer and immune system, que acontece em Mangaratiba (RJ), de 8 a 11 de fevereiro, tratará do tema de maneira aprofundada, com foco nas áreas de inflamação, imunologia e câncer. O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) participa da organização do evento em parceria com a Universidade de São Paulo, o Instituto Nacional do Câncer e a Sociedade Brasileira de Imunologia.
" Os mecanismos moleculares de controle e regulação da resposta imune e inflamatória envolvidos em doenças infecciosas, neoplásicas, autoimunes e degenerativas serão tratados no evento" , afirma a pesquisadora do Laboratório de Imunofarmacologia do IOC/Fiocruz, Patrícia Bozza, uma das organizadoras do congresso. Lembrando que os principais líderes brasileiros e estrangeiros da área farão apresentações no evento, ela destaca a possibilidade de intercâmbio de conhecimento que o Sinaling 2010 proporcionará. "É uma oportunidade tanto para pesquisadores como para alunos se aprimorarem nos temas e discutirem os trabalhos que estão em curso" , afirma.
O congresso será dividido em dois eixos principais: um tratará do entendimento básico dos mecanismos das doenças e outro será centrado no desenvolvimento de novas terapias. Serão realizadas duas conferências plenárias e 40 conferências organizadas na forma de simpósios temáticos, sendo 16 destas realizadas por estudantes de doutorado, pós-doutorado ou jovens pesquisadores. O evento contará, também, com cursos de atualização e apresentação de pôsteres com premiação para os cinco melhores trabalhos.
" O estudo da inflamação, câncer e sua interface com a imunologia básica e com o desenvolvimento de alvos terapêuticos e de novos fármacos são áreas importantes da pesquisa brasileira e que contam com grupos de pesquisa muito atuantes, como é o caso do IOC" , ressalta Patrícia.






NOTÍCIA 2:
Equipe descobre anticorpo capaz de neutralizar o vírus Ebola
Estudo sobre ação de 16F6 sobre vírus Sudão pode levar a novas vacinas e imunoterapias contra várias estirpes do vírus Ebola
Cientistas do Scripps Research Institute, nos Estados Unidos descobriram um anticorpo que neutraliza o vírus Sudão, uma grande espécie do vírus Ebola e um dos agentes patogênicos humanos mais perigosos.
As descobertas sobre o anticorpo 16F6 podem levar a novas vacinas e terapias baseadas em anticorpos contra várias estirpes do vírus mortal.
As descobertas mostram que o anticorpo se liga ao vírus Sudão de uma forma que une dois segmentos de sua proteína capsidial, reduzindo a liberdade de movimento e severamente prejudicando a capacidade do vírus de infectar as células.
A estratégia de ligação de proteínas parece ser a mesma utilizada por um anticorpo descoberto anteriormente neutralizante de espécies mais conhecidas do Ebola, como o Ebola-Zaire.
Testando a capacidade de cada tipo de anticorpo em bloquear a infecção de células com o vírus Sudão, os pesquisadores descobriram um bom candidato, anticorpo 16F6, que não só neutraliza o vírus Sudão em laboratório, mas também retarda significativamente a morte de camundongos infectados.
A equipe descobriu que 16F6 se liga ao vírus Sudão de uma forma que une dois segmentos da capa protéica viral, reduzindo a liberdade de movimento e severamente prejudicando a capacidade do vírus de infectar as células.
Segundo os pesquisadores, a estratégia de ligação de proteínas é a mais eficaz que os anticorpos têm contra vírus Ebola. O sítio de ligação do anticorpo sobre a capa protéica do vírus Sudão é praticamente o mesmo sítio de ligação do anticorpo Ebola-Zaire, conhecido como KZ52.
A equipe acredita que não é apenas uma coincidência que os dois anticorpos diferentes, de duas espécies de hospedeiros diferentes usem a mesma estratégia de vincular proteínas.
Eles estão agora tentando obter dados estruturais em vários outros anticorpos do vírus Ebola. AS descobertas da pesquisa devem orientar o desenvolvimento de vacinas e imunoterapia. "Ela nos ajuda a compreender mais precisamente o que uma vacina Ebolavirus ou imunoterapia deve fazer para combater a infecção pelo vírus", afirma a líder do estudo Erica Ollmann Saphire.


NOTÍCIA 3

Parasita da doença de Chagas é usado para elaborar vacina contra câncer
Cientistas da Fiocruz e da UFMG modificaram uma cepa de Trypanosoma não-patogênica para produzir antígeno contra tumores
Uma nova vacina contra o câncer foi desenvolvida por pesquisadores brasileiros a partir do Trypanosoma cruzi , protozoário causador da doença de Chagas. Para alcançar os resultados, uma cepa de Trypanosoma não-patogênica foi modificada para produzir o antígeno NY-ESO-1.
Os resultado promissores alcançados pelos cientistas do Centro de Pesquisas René Rachou (Cpqrr-Fiocruz), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do Instituto Ludwig, em Nova York (EUA), foram publicados na revista americana PNAS.
A pesquisa envolveu testes em camundongos para prevenção e tratamento de melanomas. Nas experiências com o Trypanosoma transgênico em células humanas in vitro, os cientistas também comprovaram uma boa resposta imunológica para alguns tipos de cânceres.
O grupo, que inclui o pesquisador Ricardo Gazzinelli, coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Vacinas, ainda vai realizar testes em cachorros antes de iniciar os experimentos para análise de eficiência em humanos.

Enviado por: Julie Mirapalheta


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